Saravá Preto Velho, e Salve as Mães

Como neste ano de 2023, o 13 de Maio, dia dos Pretos Velhos antecedeu com diferença de um dia a data das Mães, unimos o útil ao agradável, e colocamos em uma matéria a homenagem a ambos.

Desde a independência do Brasil, com os ideais liberais que já vinham tomando campo nos políticos de nosso país, o tema da abolição da escravatura ganhava forma. O sonho de uma nação independente e livre se desenhava no horizonte. Mas foi somente no Segundo Reinado que o progresso dos costumes públicos tornou possível a primeira resistência séria à escravidão.

Como escreveu Evaristo Ferreira da Viega:

“Uma pátria respeitada, não tanto pela grandeza do seu território como pela união dos seus filhos; não tanto pelas leis escritas, como pela convicção de honestidade e justiça e justiça do seu governo; não tanto pelas instituições deste ou daquele molde, como pela prova real de que essas instituições favorecem, ou, quando menos, não contrariam a liberdade e desenvolvimento da nação.”

Certo que, guardado o contexto e a época do escrito de Viega, que nem sonhava com as ditaduras do século XXI – praticadas pelos governos “democráticos e populares” – suas letras se referem a liberdade com relação a escravidão. Mas, escravidão do corpo é uma, do espírito é outra: De quantas coisas nosso espírito é escravo hoje? Dinheiro, supostos amores não correspondidos, que geram os piores carmas, mundo virtual, politicamente corretos, a moda com suas músicas, roupas, costumes, sexualização, e toda a avalanche provocada pela nova era.

Preto velho vem nos lembrar que devemos ser livres, mas livres em nossos pensamentos em primeiro lugar, com cabeças que pensem por si mesmas. Seja livre, e liberdade é ter a sua própria voz, seu pensar, vestir, agir…

Dentro deste contexto, existe um discurso da atualidade desestimulando as mulheres a serem mães, como se a maternidade fosse o fim da vida, pois segundo esta concepção, a maternidade fará com que a mulher não se torne independente e “empoderada”, este último seja lá o que quer dizer. Não me alongarei neste discurso, pois nos cabe respeitar a mulher em suas decisões, sejam a de ser mãe ou não, mas também quero advogar em favor daquelas que sonham em serem mães, e se sentem impelidas a abrir mão deste sonho pelas pressões culturais de hoje.

Ser mãe é a maior benção de uma mulher, aquela que dará a vida a um novo ser humano, e se hoje escrevo estas linhas, devo isso também a minha mãe. Você que lê estas, também deve isto a sua. A humanidade depende das mães. Mães, precisamos de vocês.

Salve Pretos(as) Velhos(as), e feliz dia das Mães, a todas as mães, sejam encarnadas ou mães espirituais.

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